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Descrição

APRESENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO:

Um dos colégios mais antigos do Brasil, o Ginásio Pernambucano ainda funciona como escola de referência e registra em suas paredes um tipo de ocupação e construção típicos do século XIX. O edifício em estilo neoclássico, junto com a Assembleia Legislativa do estado, compõem um trecho marcante das margens da Rua da Aurora, importante paisagem cultural da cidade, se comportando como marcos postais do Recife e de Pernambuco. Os diversos níveis de proteção impõem a esse imóvel uma relevância para a paisagem histórica do centro do Recife, quer pela sua dimensão material, pela arquitetura da construção, quer pelo seu valor histórico face ter contribuido para o ensino em Pernambuco até os dias atuais, já que o uso na edificação se preserva.

BREVE HISTÓRICO:

O Ginásio Pernambucano (GP), na época denominado Liceu Provincial, foi inaugurado em 10/02/1826, mas sua fundação e regulamento provisório são de 1825, o que o torna a escola de ensino secundário (antigo ensino médio) mais antiga do Brasil. O GP possui uma biblioteca com uma grande quantidade de livros raros e um museu de história natural muito completo, fundado pelo naturalista francês Luíz Jacques Brunett, em 1855. Considerado a época do tombamento (1983), por meio do parecer elaborado pelo SPHAN 1 , “o mais completo de sua categoria, possui seções de botânica, taxidermia, zoologia, mineração, anatomia e arqueologia” (1983, p. 6) Antes de ocupar o prédio da Rua da Aurora, o GP ocupava alguns outros locais como: as dependências do Convento do Carmo; um sobrado de propriedade de Gervásio Pires, que por falta de manutenção e desabamento do teto, foi necessário desocupar; depois para os Torreões da Alfândega, sob administração do Padre Pereira Barreto, onde a escassez de recursos repercutiu na vida da escola. Muitas outras mudanças viriam a seguir – o primeiro andar da casa da Companhia de Operários Engajados no bairro de São Pedro Gonçalves (1845); depois para a casa das Sessões do Júri (1846); um sobrado no centro da Rua da Praia; a casa do antigo Hospital do Paraíso; até finalmente ocupar a antiga escola de Engenharia (1850). Após a visita de Dom Pedro II (1859) ao Ginásio, finalmente o engenheiro Manuel de Alves Ferreira, formado pela escola de engenharia de Paris, projetou o atual prédio da Rua da Aurora. A primeira pedra fundamental foi lançada em 15/08/1855 e a inauguração do edifício aconteceu em 1868. Mesmo com a melhoria das condições do colégio, em 1861 o deputado Afonso de Albuquerque Melo apresentou à Assembleia Provincial um projeto- lei extinguindo o GP e uma autorização para vender o prédio ainda em construção, à Faculdade de Direito, caso houvesse interesse, para criação de uma escola agrícola. Como cita o parecer de tombamento do IPHAN (1983), “Assim, em 1983, encerravam-se as aulas do curso secundário com toda a solenidade, a que não faltava a músico dos menores do Arsenal de Guerra (1983, p. 05). Contudo, o GP se mostrou guerreiro e apesar dos percalços, resiste ao tempo e as dificuldade, ainda se mantendo como escola de referência de ensino em Pernambuco.A construção em estilo neoclássico possui dois pavimentos, apesar de ter sido projetada para receber três. No projeto original previam-se dois andares e um térreo, mas apenas se executou o pavimento térreo. Só em 1957, Sérgio Teixeira, presidente da província de Pernambuco no momento, erguei mais um pavimento por sugestão do regedor Padre Joaquim Rafael. A edificação, imponente por sua horizontalidade e monumentalidade na paisagem do rio Capibaribe, possui um pátio no interior, platibanda 2 corrida, ornada 3 com um desenhogeométrico e um largo frontão 4 central. A sua fachada é dividida em cinco blocos por pilastras (colunas) verticais e tem como entrada um pórtico toscano de arenito. 1 (Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), atual IPHAN

PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO:

Essa edificação é tombado pelo IPHAN (Instituto Histórico e Artístico Nacional) em nível nacional (processo nº 1.101-T-83, insc. nº42, livro Belas Artes, volume II, folha 7, data 19/07/1989) e pela FUNDARPE (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) em nível estadual (Livro Edifícios e Monumentos Isolados, folha 16, nº121). O imóvel situado a Rua da Aurora, nº 703 no bairro da Boa Vista, no Recife, está localizado em um sítio histórico municipal denominado de ZEPH (Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural) em seu setor de preservação rigorosa (SPR) submetida as recomendações e diretrizes da Lei nº13957/79 e decreto nº 11.888/81, além do Plano Diretor do Recife, Lei nº17511/08.

DADOS GERAIS[1]:

ANO DE CONSTRUÇÃO:

1868

AUTOR DO PROJETO:

Engenheiro Manuel de Alves Ferreira

ÁREA CONSTRUÍDA:

5.943,50 m2

TIPO DE USO:

Escolar

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA:

Rua da Aurora, 703, Santo Amaro, Recife - Pernambuco, CEP 50050-000

LOCALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA:

LONGITUDE : -34.79182

LATITUDE: -8.057976

Nº TOMBAMENTO IPHAN:

processo nº 1.101-T-83, insc. nº42, livro Belas Artes, volume II,  folha 7, data 19/07/1989

Nº TOMBAMENTO FUNDARPE:

Livro Edifícios e Monumentos Isolados, folha 16, nº120

PRESERVAÇÃO MUNICIPAL:

ZEPH-8.3 / SPR


[1] Dados aproximados, retirado no site da Prefeitura do Recife. Disponível em: http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/ Acessado em: 07/08/2018 as 20h52min.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GASPAR, Lúcia. Ginásio Pernambucano. Pesquisa Escolar Online. Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar Acesso em 20 de junho de 2018.

IPHAN. Processo de tombamento. 1983. Acessado na biblioteca da instituição.

RECIFE, Prefeitura do. Licenciamento Urbano. Zoneamento Urbano. Prefeitura do Recife. Disponível em http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/ Acesso em 01 de agosto de 2018.

SILVA, Leonardo Dantas, 1945, Pernambuco Preservado: histórias dos bens tombados no Estado de Pernambuco / Leonardo Dantas Silva – 2ª Edição – Recife: L. Dantas Silva – Recife, 2008