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Descrição
APRESENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO:
Essa área, localizada as margens do rio Capibaribe, marca um momento histórico significativo para a formação da ilha de Antônio Vaz. O conjunto formado pela Estação Central, a casa da cultura e o entorno ambiental composto pelas águas e o mangue são cartões postais da cidade e definem uma paisagem cultural única.
BREVE HISTÓRICO:
A primeira instituição ligada ao transporte ferroviário instalada no Brasil foi a Companhia de Estrada de Ferro de Petrópolis, em 1852, ainda hoje conhecida como Mauá, no Rio de Janeiro. Ainda nessa década, começa a ser desenhado a ampliação dessa modernidade a Pernambuco, quando o governo Imperial em acordo com os irmãos Edward de Mornay e Alfred de Mornay, concede direitos para a construção e exploração de caminho de ferro entre a cidade do Recife e a povoação de Água Preta. A ideia visionária e audaciosa era ligar o Recife ao São Francisco, que culminou com a aprovação do contrato “Recife anda São Francisco Railway Company”, organizado em Londres, desde 1853. Em 20 de maio de 1866, o governo do estado de Pernambuco, com a Lei Provincial 649, autorizou a construção da Estrada de Ferro Central de Pernambuco, e em 05 de julho de 1868 já se estabeleciam as condições de construção e exploração da estrada de ferro Recife-Limoeiro. Posteriormente, vários troncos e ramais foram sendo construídos de forma a concluir o complexo ferroviário de Pernambuco. Esse complexo foi responsável por boa parte do desenvolvimento e povoamento do estado, além dos serviços de escoamento de produção. O edifício Rosa III, como era denominado nos tempos que pertencia a Rede Ferroviária S/A (RFFSA), atualmente abriga o Museu do Trem. O prédio foi cedido pela RFFSA em forma de comodato e convênio nº44/2008 ao governo do estado de Pernambuco. O monumento é um marco da arquitetura recifense, sendo representativo das linhas arquitetônicas das estações inglesas. Apesar da grande quantidade de reformas realizadas no local, o edifício conserva desde a inauguração sua estrutura básica praticamente em ferro inglês, além das esculturas de pássaros metálicos em sua imponente fachada principal e sua simetria, em planta e fachada. Ainda na fachada principal, percebe-se a existência de uma marquise de ferro, com lanternim em ferro e vidro. Alguns outros elementos se destacam como o pano de vidro da cobertura da gare, portões e respectivas bandeiras em ferro trabalhado. O acervo desse complexo ferroviário que está exposto no museu é composto por exemplares de locomotivas, vagões, equipamentos, utensílios e documentação sobre esse período.
PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO:
Esse bem cultural possui diversos níveis de proteção. Possui valoração pelo IPHAN (Instituto Histórico e Artístico Nacional) em nível nacional pelo inventário ferroviário. Está em processo de tombamento pelo Estado de Pernambuco em nível estadual (Processo nº0124/91, nº ordem: 061). Ela também está localizadano sítio histórico municipal da ZEPH-14 (Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural da Casa da Cultura e Estação Central) em seu setor de preservação rigorosa (SPR) submetida as recomendações e diretrizes das Lei nº13957/79, decreto municipal nº11627/80 e Plano Diretor Lei nº 17511/08.
DADOS GERAIS[1]:
ANO DE CONSTRUÇÃO: |
--- |
AUTOR DO PROJETO: |
--- |
ÁREA CONSTRUÍDA: |
2.506 m2 |
TIPO DE USO: |
institucional |
LOCALIZAÇÃO
GEOGRÁFICA: |
Travessa do Cais da
Detenção, s/n, São José, Recife/PE |
LOCALIZAÇÃO
CARTOGRÁFICA: |
LONGITUDE : -34.883212 |
LATITUDE: -8.067260 |
|
Nº TOMBAMENTO IPHAN: |
Valoração do
patrimônio ferroviário Lei 11.483/2007 |
Nº TOMBAMENTO
FUNDARPE: |
Em Processo de
tombamento nº0124/91, nº ordem: 061 |
PRESERVAÇÃO MUNICIPAL: |
ZEPH-14 / SPR |
[1] Dados aproximados, retirado no site da Prefeitura do Recife. Disponível em: http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/ Acessado em: 07/08/2018 as 20h52min.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
RECIFE,Prefeitura do.
Licenciamento Urbano. Zoneamento Urbano. Prefeitura do Recife. Disponível em http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/
Acesso em 29 de janeiro de 2020.
FUNDARPE. Processo de
tombamento. 1991. Acessado na biblioteca da instituição.