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Descrição

APRESENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO:

Um dos mais requisitados cartão postal da cidade, o Teatro de Santa Isabel abre a entrada dos visitantes que chegam a antiga Ilha de Antônio Vaz pelo bairro da Boa Vista. Junto aos outros edifícios que compõem a Praça da República, configuram uma área ocupada para fins insitucionais e que se preservou enquanto localização a ocupação holandesa e reocupação portuguesa. Em meio a essa ambiência, a paisagem é valorizada pela relação do edifício com a praça, projeto de Burle Marx, e com o rio Capibaribe.

BREVE HISTÓRICO:

O Teatro de Santa Isabel representa o primeiro e mais expressivo exemplar de Arquitetura Neoclássica em Pernambuco e um dos mais notáveis do país e é considerado por muitos como o mais belo edifício teatral da época do império. A idéia de construir um Teatro público no Recife, capital da província, partiu de Francisco do Rego Barros, futuro Conde da Boa Vista, presidente da província de 1837 a 1844. Nesse momento, existia a intenção de mudar a paisagem da cidade e suas feições portuguesas de cidade recém-saída da época colonial, com a intenção de modernizar Recife. Para isso, porpunha-se a construção de estradas, pontes e edifícios públicos com o objetivo não só de dotar a cidade de infraestrutura necessária, mas de aproximá-la dos padrões estéticos europeus, indicando uma cidade próspera e civilizada. Sendo assim, era indispensável a construção de um Teatro. Durante a primeira metade do século XIX, a sociedade também passava por um lento e decisivo processo de mudança nos hábitos sociais. Passou-se a existir a necessidade de contato social e dessa forma, era necessário um local específico, reservado, onde fosse possível educar costumes, refinassem gostos e comportamentos apropriados, típicos do modelo de sociedade desejado. Pernambuco assumiu essa postura e construiu um Teatro de porte e elegância, em 1840, além de servir de exemplo para outras capitais que adotaram iniciativa semelhante. A obra foi de responsabilidade do engenheiro francês Louis Léger Vauthier e este teatro representou uma das obras de maior destaque dentro do projeto de modernização idealizado por Rego Barros para Pernambuco. Homenageando a Princesa Isabel, o teatro foi inaugurado em 18 de maio de 1850 com o drama O Pajem D’Aljubarrota, de Mendes Leal, escritor português dos mais encenados na primeira metade do século. No Teatro de Santa Isabel foram recebidos Dom Pedro II, Castro Alves, Tobias Barreto, Carlos Gomes, a Bailarina russa Ana Pavllowa, Procópio Ferreira, dentre outros. Joaquim Nabuco proferiu a célebre frase que ficaria gravada numa placa do Teatro: Aqui nós ganhamos a causa da Abolição.

PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO:

Essa edificação é tombado pelo IPHAN (Instituto Histórico e Artístico Nacional) em nível nacional (processo nº 401-T-49, insc. nº260, livro de História, folha 45, data 31/10/1949) e pela FUNDARPE (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) em nível estadual (Livro Edifícios e Monumentos Isolados, folha 04 verso, nº55). O imóvel situado a Praça da República, s/n, no bairro de Santo Antônio e está localizado no sítio histórico municipal da ZEPH-10 (Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural) em seu setor de preservação rigorosa (SPR) submetida as recomendações e diretrizes da Lei nº13957/79 e decreto nº 11.693/80, além do Plano Diretor do Recife, Lei nº17511/08.

DADOS GERAIS[1]:

ANO DE CONSTRUÇÃO:

Século XIX

AUTOR DO PROJETO:

Louis Léger Vauthier

ÁREA CONSTRUÍDA:

2.370m

TIPO DE USO:

Institucional – Teatro de Santa Isabel

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA:

Praça da República, , Santo Antônio, Recife - Pernambuco, CEP 50010-040

LOCALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA:

LONGITUDE : -34.878102

LATITUDE: -8.060698

Nº TOMBAMENTO IPHAN:

processo nº 401-T-49, insc. nº260, livro de História, folha 45, data 31/10/1949

Nº TOMBAMENTO FUNDARPE:

Livro Edifícios e Monumentos Isolados, folha 04 verso, nº55

PRESERVAÇÃO MUNICIPAL:

ZEPH-10 / SPR-4


[1] Dados aproximados, retirado no site da Prefeitura do Recife. Disponível em: http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/ Acessado em: 07/08/2018 as 20h52min.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

BORGES, Geninha da Rosa. Teatro de Santa Isabel: nascedouro & permanência / Geninha da Rosa Borges – Recife: CEPE, 2000. 168p: il.

IPHAN. Processo de tombamento. 1949. Acessado na biblioteca da instituição.

RECIFE, Prefeitura do. Licenciamento Urbano. Zoneamento Urbano. Prefeitura do Recife. Disponível em http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/ Acesso em 01 de agosto de 2018.

SILVA, Leonardo Dantas, 1945, Pernambuco Preservado: histórias dos bens tombados no Estado de Pernambuco / Leonardo Dantas Silva – 2ª Edição – Recife: L. Dantas Silva – Recife, 2008