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Descrição
APRESENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO:
A Igreja mais rica do Recife. É assim que a Capela Dourada é conhecida pela população da cidade. Seu interior dourado confere a essa igreja uma significância e singularidade que comovem aqueles que a visitam. O clima bucólico conferido ao conjunto formado pela Capela Dourada, o convento de Santo Antônio e o sobrado extenso na esquina, conferem a esse local da cidade um cartão postal preservado e que representa o emponderamento dos mascates e da cidade do Recife.
BREVE HISTÓRICO:
A pedra fundamental da Capela dos Noviços foi lançada em 13 de maio de 1696, em um arco aberto ao lado sul do Convento de Santo Antônio pelos irmãos terceiros. Construída entre os séculos XVII e XVIII pelo mestre pedreiro Antônio Fernandes de Matos, a Capela Dourada, como é conhecida, marca o apogeu econômico do estado de Pernambuco, com o advento dos mascates, ricos comerciantes portugueses que se instalaram e fizeram suas vidas em Recife. Seus elementos interiores todos receberam o revestimento do trabalho em talha dourada (inspirado no projeto da Igreja de Santo Antônio do Faro, na região de Algarves, em Portugal), transformando-a em uma jóia da arquitetura religiosa brasileira (Dantas, 2008, p. 179). Além do douramento, agregam valor as pinturas e bens integrados feitos por grandes artistas como Luis Machado, Antônio Martins Santiago, José Rebelo de Vasconcelos, José Ribeiro de Vasconcelos, Manuel de Jesus Pinto e o famoso pintor José Pinhão de Matos. A barra em azulejos na parte inferior do interior da igreja, foram trazidos de Portugal e fixados no local em 1704 e são de autoria do artista português Antônio Pereira. O mural possui cenas campestres e de caça. Além disso, Joaquim Cardozo diz que os quadros da Capela tem influência da obra de Murillo, na Espanha (Dantas, 2008). Os móveis em Jacarandá confeccionados em 1762, o lavabo e a mesa de mármore importados de Estremoz, em Portugal, o gradil de ferro, os azulejos e outros bens integrados conferem a esse bem uma categoria singular do patrimônio pernambucano.
PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO:
A Igreja possui diversos níveis de proteção. É tombada pelo IPHAN (Instituto Histórico e Artístico Nacional) em nível nacional (processo nº 6-T-38, insc. nº 04, livro de Belas Artes, folha 02, data 21/03/1938), e pela FUNDARPE (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco) em nível estadual (Livro Edifícios e Monumentos Isolados, folha 04, nº48). Ela também está localizada no sítio histórico municipal da ZEPH-10 (Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural dos bairros de Santo Antônio e São José) em seu setor de preservação rigorosa (SPR) submetida as recomendações e diretrizes da Lei nº13957/79, decreto municipal nº11.693/80, além do Plano Diretor do Recife, Lei nº17511/08.
DADOS GERAIS[1]:
ANO DE CONSTRUÇÃO: |
Séculos XVII - XVIII |
AUTOR DO PROJETO: |
--- |
ÁREA CONSTRUÍDA: |
5.150,00 m2 |
TIPO DE USO: |
Religioso |
LOCALIZAÇÃO
GEOGRÁFICA: |
Rua do Imperador Dom
Pedro II, nº 280, Santo Antônio, Recife |
LOCALIZAÇÃO
CARTOGRÁFICA: |
LONGITUDE : -34.877110 |
LATITUDE: -8.062461 |
|
Nº TOMBAMENTO IPHAN: |
processo nº 6-T-38,
insc. nº 04, livro de Belas Artes, folha 02, data 21/03/1938 |
Nº TOMBAMENTO
FUNDARPE: |
Livro Edifícios e
Monumentos Isolados, folha 04, nº48 |
PRESERVAÇÃO MUNICIPAL: |
ZEPH-10 / SPR |
[1] Dados aproximados, retirado no site da Prefeitura do Recife. Disponível em: http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/ Acessado em: 07/08/2018 as 20h52min.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARRAZZONI, Maria Elisa. GUIA
DOS BENS TOMBADOS. Rio de Janeiro. 1980.
IPHAN. Processo de
tombamento. 1938. Acessado na biblioteca da instituição.
MOURA, Rildo. Igrejas
Barrocas do Recife. 2011. Recife. 148 pg. Editora Chesf
RECIFE, Prefeitura do.
Licenciamento Urbano. Zoneamento Urbano. Prefeitura do Recife. Disponível em http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/
Acesso em 01 de agosto de 2018.
SILVA, Leonardo Dantas, 1945.
PERNAMBUCO PRESERVADO: histórico dos bens tombados no estado de Pernambuco. 2ª
edição. Recife