Patrimônio histórico e cultural do Recife

Descrição

APRESENTAÇÃO DA EDIFICAÇÃO:

O conjunto de fortificações do Recife impera significativo valor cultural para o Brasil. O sistema de proteção português empregado na colônia definiu uma paisagem marcada por edificações horizontais e grandiosas e que hoje, ainda se consolidam como marcos da cidade. Os fossos foram substituídos por grandes espaços gramados e estão abertos a visitação. O conjunto formado pelo forte do Brum, a estação do Brum e a Igreja do Pilar definem a área de ocupação inicial do bairro do Recife.

BREVE HISTÓRICO:

Construído pelos donatários da capitania de Pernambuco, no século XVI, o Forte do Brum garantia segurança e proteção ao porto e à povoação do Recife. Em 1629, em decorrência de constantes ataques, deu-se inicio à construção de um novo forte, denominado de Forte Diogo Pais. Contudo, devido à Invasão Holandesa, de 1630, o forte não pôde ser concluído após ter sido invadido pelos holandeses ainda nos alicerces. Dias depois da invasão o comandante da tropa invasora, Diederik van Waerdemburch, começou a construir uma nova fortaleza nos alicerces do antigo que passou a ser denominado de Forte de Bryne, em homenagem a Johan de Bryne, que na ocasião presidia o Conselho Político de Olinda. Após diversas reformas ao longo do tempo, foi edificada uma capela sob a invocação de São João Batista do Brum, que determinou a nova denominação desse monumento: Forte de São João Batista do Brum. O Forte do Brum é um monumento que testemunhou inúmeros acontecimentos históricos: invasões e revoluções, registrados em Pernambuco, no Brasil e no mundo. Erguido em uma posição estratégica, que oferecia vantagens defensivas, o Forte do Brum, foi equipado com sete canhões de metais, sendo dois canhões de vinte e quatro libras, um de dezoito, um de dezesseis e um de dez libras, além de duas bombardas. Em 1985, o Governo Federal autorizou a criação do Museu Militar do Forte do Brum (MMFB), em homenagem ao soldado nordestino. O Museu foi inaugurado no dia 5 de janeiro de 1987, como um espaço de visitação turística e também um local para estudo e reflexão e permanece em funcionamento até hoje.

PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO:

Essa edificação é tombado pelo IPHAN (Instituto Histórico e Artístico Nacional) em nível nacional (processo nº 101-T e 155-T, insc. nº43, livro de História, folha 09, data 24/05/1938 e insc. nº 83, Livro de Belas Artes, data 24/05/1938) e é tombada pelo Estado de Pernambuco (Livro Edifícios e Monumentos Isolados, folha 04 verso, nº57). Considerando os diversos níveis de proteção a que esse imóvel é submetido, percebe-se a importância da edificação para a composição da paisagem histórica desse sítio histórico, mas principalmente pelo seu valor histórico como marca da ocupação portuguesa no estado e pelo valor arquitetônico da obra. Prova é o fato desse monumento estar inscrito em dois livros de tombo. O imóvel situado a Praça da Comunidade Luso Brasileira, s/n, no bairro do Recife e está localizado no sítio histórico municipal da ZEPH-09 (Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural) em seu setor de intervenção controlada (SIC) submetida as recomendações e diretrizes da Lei nº13957/79 e decreto nº 11.692/80, além do Plano Específico do Bairro do Recife, Lei nº16290/97 e do Plano Diretor do Recife, Lei nº17511/08.

DADOS GERAIS^[1]:

^[1] Dados aproximados, retirado no site da Prefeitura do Recife. Disponível em: http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/ Acessado em: 07/08/2018 as 20h52min.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

IPHAN. Processo de tombamento. 1938. Acessado na biblioteca da instituição.

MACHADO, Regina Coeli Vieira. Forte do Brum. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/. Acesso em: 13 novembro 2018.

RECIFE, Prefeitura do. Licenciamento Urbano. Zoneamento Urbano. Prefeitura do Recife. Disponível em http://www.recife.pe.gov.br/ESIG/. Acesso em 01 de agosto de 2018.

SALDANHA, José da Natividade, 1909, Almanach de Pernambuco – 11º edição – Recife - 1908

SILVA, Leonardo Dantas, 1945, Pernambuco Preservado: histórias dos bens tombados no Estado de Pernambuco / Leonardo Dantas Silva – 2ª Edição – Recife: L. Dantas Silva – Recife, 2008

OBS: Todos os textos foram analisados e revisados pela equipe técnica da Gerência Geral de Preservação do Patrimônio Cultural - GGPPC /FUNDARPE (Ofício nº37/2020 em resposta ao ofício nº 06/2020 da produtora)